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Eu devia ter morrido
Embriagado de vicio
Eu devia ter partido
Em mil pedaços
Os olhos exaustos
Eu devia ter visto
Um túnel
Iluminado
Mas só enxergo
Os flashes eternos
Os momentos
De prazer e sofrimento
E o som fervendo a noite
Noite a dentro
Eu só me vejo
Correndo
Na velocidade
Do que pretende voar
E partir
Eu devia morrer
E morri
Mas ainda estou aqui
Everton Behenck
Se cruzo os braços
Congelados
É porque sou
Analfabeto do afago
E o gesto é vago
Porque trago o passado
Amarrando os pulsos
Marcados
Se olho
Com o olhos vastos
É porque só olhando
Através de ti
Consigo ficar aqui
Enquanto você
Arruma as coisas
Como se elas pudessem existir
Em outro lugar
Que não
Em nossa casa
As coisas são todas
Donas
Do lugar às quais pertencem
E nós somos
Da gente
Everton Behenck
Os elefantes
Delinqüentes
Na africa
Que matam rinocerontes
Por nada
Primeiro abanam as orelhas
E levantam a tromba
Para parecerem maiores
Depois empurram arvores
Para mostrarem sua forca
Depois encurralam
sua vitimas
E as apunhalam
Com as presas
Sem defesa
Exatamente como fazem
Os seres humanos
Everton Behenck