Se cruzo os braços
Congelados
É porque sou
Analfabeto do afago
E o gesto é vago
Porque trago o passado
Amarrando os pulsos
Marcados
Se olho
Com o olhos vastos
É porque só olhando
Através de ti
Consigo ficar aqui
Enquanto você
Arruma as coisas
Como se elas pudessem existir
Em outro lugar
Que não
Em nossa casa
As coisas são todas
Donas
Do lugar às quais pertencem
E nós somos
Da gente
Everton Behenck
1 comentário
Comments feed for this article
setembro 23, 2012 às 03:37
Fernanda
é meu!