“O autor possui o dom de capturar o incrivelmente comum, o absolutamente normal, e impregnar de uma emoção que desafia a memória.
Está lá no meio do óbvio, onde qualquer outro faria cartão florido para namorada, mas a partir de um toque, de uma inflexão, de uma torção maliciosa , ele escapa da melosidade de J. G. Araújo e entra na elegância de um apelo real e necessário.
Entende de rima rica e, acima de tudo, respeita a pobreza do silêncio. Escreve demais escrevendo de menos. É um verborrágico minimalista. Um mímico que também narra.
Assume o flerte com a canção para namorar o mistério. Quebra a vitrine da loja de noivas para casar em Las Vegas. Não se economiza na aventura.
“Nada mais maldito
Que um amor bonito.”
Everton Behenck é o penúltimo romântico. O último romântico é o leitor, que se apaixonará facilmente pela sua mordida.
“Há que se duvidar do amor
Amando.”
Vinicius pode descansar em paz. ”
Fabrício Carpinejar
“Eu o conheci em 2004, por aí. Também em Porto Alegre. Jovem, veio à minha primeira oficina. Mostrou uns versos. Românticos. Quando não é alguém se beijando, é alguém se matando. Depois, nos reencontramos em festas. Gaúchas. Bom de copo o cabra! E fazia tempo que dizia que estrearia e nunca estreava. Agora estreou. Nome do livro: Os Dentes da Delicadeza. Editora: Não Editora. O autor: Everton Behenck. Veio para ficar. Assim como já está o Carpinejar. Há tempo, na estrada. Ambos têm a mesma pegada. Poesia simples. Derramada na medida certa. Desmedida e sincera. Uma voz em festa. Sei lá. Não é à toa que quem assina a orelha do livro do Behenck é o Carpinejar. Que reconhece no amigo a grandeza do Vinícius. Sem exagero. Everton chega certeiro. No seu ritmo conquistador. Nos seus cortes. Como quem polda. Uma rosa ou uma ferida. Com uma tesoura só. Rara e afiada. Que maravilha de palavra!”
Marcelino Freire
“Um poeta bastante jovem que desconfia da cidade e que se sente dividido entre a solidariedade que o arrasta ao contato com as pessoas e a solidão que o aparta delas insistentemente; um poeta que crê no amor e duvida do amor; um poeta com o coração na ponta dos dedos e disposto a oferecê-lo à amada que passa; um poeta assim é o Everton Behenck: verso curto, palavras poucas, tiro certo.”
Luís Augusto Fischer
“O Everton Behenck faz poesia para todos: para quem entende, para os leigos, para os românticos, para os tristes, para os perdidos, para quem gosta e até para quem não gosta. É que as imagens que ele constrói, ao mesmo tempo tão simples e com tantos significados, terminam atingindo qualquer tipo de leitor. No coração ou na cabeça.”
Claudia Tajes
1 comentário
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abril 30, 2010 às 15:41
Digliane Almeida
Amei teu trabalho, Everton. Tens o ácido e o doce nas tuas palavras. Deliciosos, os poemas. Parabéns.
Digliane.