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Esse tanto de sangue
Invisível
Correndo nas veias
Abertas
Que ninguém enxerga
Esse grito
De dor contido
No mais intimo silencio
Ninguém esta vendo
O tempo doendo
Seus ponteiros
Os dentes cerrados
Rangendo
As mãos apertando
O vazio
Ninguém esta vendo
O menino morrendo
Dentro do homem
O homem morrendo
Dentro do velho
O poeta
Morrendo dentro dela
Everton Behenck
Pequenina
O que você nos ensina
Sozinha
Em sua cama de cimento
Que a vida passa
E não vemos
E que um dia
Não voltaremos
Hoje você dorme
Como todos dormiremos
E quem sabe
O chão sonha contigo
Molhado pelas lagrimas dos filhos
Será que você sabe
Nessa noite enorme
Que te cobre
Que salvou meu casamento
Com essa sabedoria
Que já não respira
Eu olho o espelho
E te procuro ali dentro
Esses vinte e cinco por cento
De mim que te cabem
Você enganou a morte
Tantas vezes
Você ficou
naquele chão quente
Mas voltou com a gente
Aquele bebê
Tem teus olhos
E te pertence
E meu filho
Também será parecido contigo
E só existirá por tua causa
De muitas formas
Que longa tua vida pequenina
Que acaba e nunca termina
Everton Behenck