Não quero a fome
De quem dá a seus cães
Sempre o mesmo nome
Deixe que morram
As identidades
Quem sabe assim você me reconheça
Não quero as rugas
De quem beija
Sempre com a mesma língua
Infecta de fatos
Consagrados
Um discurso
Não é uma declaração de amor
Uma fala
Não é uma declaração de amor
Pouco importa em que palco
É encenada
Não quero o desejo
De quem arranca
Qualquer planta
Que não tenha sido
Cuidadosamente semeada
Em fileiras
Contaminadas
De simetria
Não queria que você me catalogasse
E me repetisse
Como a uma tese
Que comprova
Sem sombra de dúvidas
Coisa nenhuma
Everton Behenck
Deixe um comentário
Comments feed for this article