Sou eu
O fantasma
Sentado à mesa
O vulto para o qual
Acena tua cabeça
Com plena certeza
E não vê nada
Pois, sou eu
Esse nada
Que no entanto
Está presente
Sou eu que você
Pressente
Era eu
Caminhando na estrada
Enquanto teu carro passava
Sou eu o fantasma
Que abandona seu corpo
Para viver em um punhado
De palavras
Homem feito da sombra
Em tua janela
Deixe um comentário
Comments feed for this article