Ela esmaga
Com os cílios
Cada uma das quatro letras
Da palavra perfeita
Ela quebra meus dedos
Com seus cabelos
Para que minha mão não escreva
Este poema
Ela agride o que sinto
Para ter certeza
Da sua presença
Ela deseja estar
Sem entender
Que nunca se ausenta
Tudo que faço
Digo e sinto
Tem sido por ela
Mesmo quando fica irreconhecível
E vocifera
Palavras que nunca
Nasceriam entres suas costelas
Ela
É prisioneira dela
E eu
Sou seu colega
De cela
Everton Behenck
3 comentários
Comments feed for this article
dezembro 10, 2013 às 00:09
Mariana Gouveia
encantador!
janeiro 10, 2014 às 04:44
Roberto
“Ela é prisionaiera dela e eu sou seu colega de cela! ” parabéns!
abril 9, 2014 às 23:48
Marcos Rodrigues
Demais.