You are currently browsing the monthly archive for novembro 2010.
Eu sei
Dessa vontade
De estar em mim
E me reconhecer
E mesmo não reconhecendo
Aceitar
Com a força
Do que não suporta estar preso
Quero deixar que falem
Por minha boca
Loucos, mortos e putas
Eu sei da noite e sua lacuna
Na memória
Como quem incorpora
Um espírito qualquer
E agradece sua visita
Eu sei das vistas cansadas
De olhar através
De tantas
Substâncias
Dos braços machucados
Do corte nos joelhos
Da ausência do medo
E o quanto assusta
Sei que me multiplico
E me sacrifico nos vícios
Sem motivos
Mas acontece
Que viver objetivo
Amigo
Também é ridículo
Everton Behenck