Quanto irá nos cobrar
Esse tempo que perdemos
Será que fomos
Tudo que podemos
Não é nossa culpa
Mas é nossa responsabilidade
A idade dessa ausência
Fomos nossa força
Ou nossa fraqueza
Porque aqui chove
Sempre que penso
No que não fizemos
Quanta força é preciso
Pra nos manter unidos
Mas não é necessária
Uma força
Sobre humana
Para enfrentar a distância
Sinto
Que não é possível
Sei disso
Mas mesmo assim
Algo em mim
Não se conforma
Com as portas que inventamos
Para sair
E agora
Há tanto espaço
E nada
Aqui fora
Everton Behenck
3 comentários
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novembro 9, 2010 às 03:25
Ana Roberta
lindo. sonoro (como já disse). ligeiro.
me remeteu ao Livro das Perguntas, do Neruda.
*porque aqui chove / sempre que penso*
novembro 10, 2010 às 00:40
gerson
forte expressão poética, típica aqui do sul.
reforçado agora com o livro nas mãos!
novembro 10, 2010 às 20:23
roberta
Chorei…