O que pode esse bicho
Perdido
Em seus planos
De ser humano
Se penitenciando
Por sua natureza
Tateando
No escuro das pálpebras
Fechadas
Não há de ser nada
Essa falta
De uma palavra
Que diga
Não há de ser nada
Sua sina
De viver a esmo
Preso em seus instintos
Se punindo
Por seus vícios
Pedindo em vão
Um vão de sentido
O que pode esse bicho
Que não cabe
No pouco que sabe
Everton Behenck
5 comentários
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maio 26, 2009 às 19:27
Lola
Hj li uma matéria sobre um trabalho científico q compara o pensamento de um bicho ao de um ser humano autista.O bicho pensa, mas ñ elabora linguagem.É isso q diz a pesquisa.Coinscidência ou ñ, me deparei com esse poema. Legal!
maio 27, 2009 às 03:45
fernandacopatti
O final é fantástico!!!!
Beijos
maio 27, 2009 às 04:38
ManuManuela
saudade, poeta!
continuam lindas as palavras unidas em teus versos!
Beijo!
maio 28, 2009 às 01:38
Guto Leite
Que beleza, parceiro, gostei muito! Organicamente socrático…
grade abraço
maio 29, 2009 às 14:19
lemonh3ad
prezo seus escritos mas, por instinto, livre signo…