Nenhuma palavra é dita assim, fácil.
É preciso
Arrancá-la da pele.
Tirar o sangue
Do seu sentido.
Não ter medo
De sua veia aberta.
Ninguém escreve uma palavra assim, fácil.
O espelho de uma letra
Nem sempre mostra
A beleza de seu reflexo.
E é preciso saber olhar
O rosto disforme
Do que sentimos.
Para contá-lo.
E ao contá-lo
É preciso reconhecê-lo.
E estamos lhe oferecendo
A eternidade.
E é provável
Que ele sempre volte.
E nos será cobrado recebê-lo.
Escrever nunca é fácil.
É mais um traço.
Na parede de um condenado.
Everton Behenck
3 comentários
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outubro 24, 2007 às 17:22
beta
ótima escolha pra abrir o blog!!!!
😉
ADOREI que tu decidiu, finalmente, colocar no “ar” teus escritos…
obrigada!!!!
obviamente serei frequentadora assídua.
beijos!!
outubro 24, 2007 às 18:55
Ivone
Finalmente!!!
Primeiro em comunidades, depois por e-mail, passou para coluna em revista, e agora num blog… Espero que o próximo passo seja o livro!
Beijo grande… na alma!
*me lembro bem dessa prosa que virou versos… mas, cadê a parede???
** ah, fui conhecer o cordão de cor… nem preciso falar, né?
outubro 27, 2007 às 13:19
rodrigolodi
rapaz, só pra te avisar que você foi roubado. por mim! abração